domingo, 17 de março de 2013
O Bobo que Rasga a Calça
Por Gustavo Gonçalves
O bobo tentou, e tentou,
e logo a calça rasgou
A plateia sorriu e aplaudiu,
e o ego do bobo inflou.
Os dias passaram,
e o bobo não parou
Nova plateia
e a calça, o bobo novamente rasgou.
Os anos seguiram
E o bobo continuou
Até que um dia
O ritmo mudou.
O adulto não riu
A garota não riu
A parede não riu
O arbusto não riu.
O bobo novamente tentou, e tentou,
mas outra vez... falhou
A calça rasgou,
mas o riso cessou .
E pela primeira vez, ser bobo
era apenas ser bobo
Então o bobo, com seus atos estúpidos,
parou.
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