Inspirado em:
Morrer e Viver
Capítulo I – Correndo da morte
Matheus e Robson correram o mais rápido que podiam pela Rua
Alferes Talião, procuravam um esconderijo para escapar da multidão de
mortos-vivos que os perseguia. Todos os comércios estavam saqueados e com os
vidros quebrados, o que não era nada seguro para se instalarem. Nas ruas
restavam apenas carcaças inúteis de carros, placas quebradas, postes caídos e
lixos espalhados pelas calçadas. Uma cena caótica.
- Nós temos que encontrar um lugar rápido, Rob, não consigo
mais correr.
- Aguenta aí, amigo, eu sei que tem alguma casa por aqui.
- Eu não sei mais quanto tempo eu aguento nesse ritmo, acho
que preciso recuperar o fôlego, espera...
Quando Matheus parou ao lado do hidrante para tomar um
pouco de ar, Robson pôde ver com detalhes o que os perseguia. Não eram alguns,
mas talvez dezenas daquelas criaturas fétidas e apodrecidas que um dia já foram
pessoas comuns. Para a surpresa de ambos, o fim da rua também estava obstruído
por um grupo de zumbis rastejando a procura de alguma carne fresca para
rasgarem.
- Não vamos conseguir, Rob! Eles estão por toda parte!
- Cala a boca, Mat!
- Eles nos cercaram, não viu?!
- Eles cercaram esta rua, não a gente, olha aquela esquina
logo em frente...
Os dois retomaram a corrida e viraram a esquina antes que
os zumbis famintos pudessem alcançá-los. Assim como na rua anterior, essa
estava repleta de comércios saqueados, porém, ao seu fim havia um grande portão
de grades e uma grande residência.
- Olha, Rob! Tem uma casa lá na frente!
- Sim, eu vi, vamos correr o mais rápido possível antes que
essas coisas nos alcancem, acha que consegue?
- Vou tentar...
Os dois apertaram mais o passo e fizeram o possível para
não serem avistados. Ao passarem do lado de um beco úmido e escuro se
descuidaram de manter a atenção para o que poderia haver lá. Sem que qualquer
um dos garotos pudesse perceber, uma mão putrefata surgiu da penumbra e agarrou
a perna de Matheus, que levou um tombo. Robson, que estava mais a frente, ficou
estarrecido ao ouvir o grito do amigo.
-ROOOB! ME AJUDA!
-MERDA! LARGA ELE!
Robson correu até um pedaço de poste que estava jogado no meio
da rua. Sem hesitar, meteu o pedaço de cano na mão que agarrava o amigo. O
golpe foi tão forte que arrancou o braço fora. Isso chamou a atenção dos zumbis
que por ali caminhavam e deu a posição dos que os perseguia.
Matheus levantou-se com a ajuda do amigo e ambos se
agacharam perto do carro mais próximo, que beirava a guia, para tentarem
despistar os zumbis.
- Rob... meu deus... achei que fosse morrer, cara... nunca
terei como te agradecer.
- Tá tudo bem, cara, eu acabei com ele.
- Obrigado, de verdade, você salvou minha vida!
- Relaxa, cara... só toma mais cuidado!
Por sorte os poucos zumbis que circulavam por essa rua
voltaram a andar sem rumo, nem a multidão que antes os perseguia parecia
tê-los localizado, porém o dono da mão apodrecida se pôs a luz e começou a
rastejar na direção deles soltando um grunhido.
- Graaaaahrrr...
Os dois miraram no zumbi ao mesmo tempo.
- Mas que porra é essa?!
- Meu deus! Como... pode estar... Nossa!
- Vamos dar o fora daqui, Mat!
O cadáver rastejante estava retalhado pela metade, os
intestinos à mostra, uma gosma preta cobria a parte gangrenada do zumbi, que se
movia com apenas uma das mãos.
Os dois, depois de correrem por mais alguns passos,
chegaram ao fim da rua e posicionaram-se em frente ao portão da grande
residência.
- Cara, nunca vamos conseguir subir aí.
- Ou a gente consegue, ou vamos virar jantar dessas
coisas...
- Mas é muito alto, Rob... Que tal se a gente entrasse
nessas outras casas vizinhas?
- Com esses portões arrombados? Qual seria a diferença
se ficássemos aqui fora? Não, vamos conseguir!
Robson tentou empurrar um dos carros que estava próximo,
mas sem sucesso, o freio de mão devia estar puxado, e quebrar o vidro ali não
parecia uma boa ideia.
O sol começava a se pôr, a luminosidade era tudo o que dava
aos dois um pouco de segurança no meio daquela carnificina ambulante. Os
mortos-vivos eram mais ativos à noite, e por isso costumava ter mais deles
vagando pelas ruas na escuridão.
Muitos destroços espalhados pelas ruas, mas a única coisa
que Robson conseguiu avistar de útil foram duas lixeiras do outro lado da rua,
próximas da esquina da rua de onde tinham acabado de vir.
- Escute bem, Mat, não vamos poder vacilar. Você entendeu?
- Claro, mas no que você está pensando?
- Tá vendo aquelas lixeiras ali? - Matheus consentiu com a
cabeça - Então, vamos ter que correr até elas e trazê-las o mais rápido pra
cá, depois vou encostar uma no portão e tombar a outra pra que a gente suba
nelas e alcance o topo do portão, certo?
- Mas e se essas coisas pegarem um de nós, Rob?
- Para de pensar nisso, não vai acontecer, apenas faça o
que eu te disse!
Os garotos se posicionaram como corredores, inclinados e
com as mãos no chão, e esperaram o momento mais oportuno, onde não houvesse
muitos mortos-vivos vagando. Assim que o fluxo abaixou e o caminhou ficou
livre, Rob deu um salto e pôs-se a correr o mais rápido que conseguia. Matheus
estava um pouco acima do peso, por isso não pôde acompanhar o ritmo do colega,
mas manteve-se numa distância razoável logo atrás.
Chegando primeiro, Rob pegou a lixeira e retornou ao portão
empurrando-a pelas rodas da parte inferior. Matheus não teve a mesma sorte, nem
o mesmo tempo que o amigo, sua lixeira estava cheia de lixo, o que a tornava
mais pesada e difícil de empurrar.
No meio do caminho alguns zumbis que estavam mais próximos
notaram o barulho da caminhada de Matheus e começaram a se direcionar a ele. Em
pânico, o garoto pôs-se a correr mais depressa, e assim que chegou ao local
combinado jogou a lixeira no chão para servir de andar. O problema é que havia
vidro dentro dela, o impacto do vidro quebrando e escapulindo para fora chamou
ainda mais a atenção dos zumbis.
- PUTA QUE O PARIU, MAT!
- Desculpa, cara...
-RÁPIDO, VAMOS!
Rob escalou as lixeiras sem muitos problemas, logo pulou no
portão e se agarrou às grades do topo, conseguindo escorar o pé e manter-se
firme. Mat foi em seguida, mas quando estava sobre a segunda lixeira virou-se e
viu que um zumbi estava muito perto, o que o fez entrar em pânico e começar a
tremer.
-ANDA, MAT! ME DÁ A SUA MÃO! - Gritou Robson se inclinando
e estendendo a mão.
Matheus segurou na mão do amigo, e com o impulso para subir
acabou deixando a lixeira cair, ficando, assim, pendurado pela mão de
Robson.
-VAMOS, CARA! AGARRA O PORTÃO COM A OUTRA MÃO!
- EU NÃO VOU CONSEGUIR, ROB!
E os zumbis logo abaixo erguiam
os braços tentando alcançar suas pernas.
-CALA ESSA BOCA E SOBE LOGO!
Ao mesmo tempo em que essa cena acontecia, uma pequena
sombra observava tudo de dentro da sala de estar da residência.
Com muito esforço Matheus conseguiu segurar a grade, sua
mão suava muito, o que não ajudava. Os dois garotos tinham conseguido ficar em
cima do portão, mas agora tinham outro problema. Era alto demais para pularem,
e não podiam descer escorando as grades, pois os zumbis já tinham aglomerado
ali embaixo e roçavam os braços com ossos expostos por entre os vãos do portão.
A saída foi se moverem até a parede e de lá pularem, pois
havia um pequeno aglomerado de mato seco no meio de um imenso jardim, que só
era interrompido pela residência e pelo caminho de cascalhos que levava do
portão à casa e à garagem.
Os dois executaram bem a queda e não se feriram.
- Que muros altos, cara, sorte que tinha esse monte de mato
aqui.
- Nem diga, Mat, tivemos muita sorte mesmo.
- E agora? Vamos entrar na casa?
- E por que não faríamos isso? Ou acha que pulamos o portão
pra ficarmos andando por esse mato aqui?
- Claro que não, o que eu quis dizer é e se tiver gente
morando aí ainda?
- Só há uma maneira de descobrir isso, meu amigo.
- Mas e se eles tiverem armas, Rob? Tenho certeza que não
vão hesitar em atirar na gente, eu não teria no lugar deles!
- Calma, cara! não vamos chegar arrombando, primeiro eu vou
chamar por alguém e dizer que precisamos de ajuda.
- Tá bem...
Os garotos seguiram a trilha de cascalho, a qual se
encontravam os portões logo atrás deles, havia um bando de mortos-vivos os
forçando, mas eram feitos de aço e resistiram muito bem a toda aquela força.
Quando chegaram próximos à casa branca e rosada perceberam o
quão majestosa construção era. Devia ter uns vinte cômodos ou mais, todos com
grandes janelas cobertas por cortinas tão grandes quanto. A porta da frente era
enorme e feita em mogno escuro, para ter acesso a ela bastava subir alguns
degraus.
Rob e Mat tocaram a campainha, e para a surpresa de ambos
ouviram o latido de um cachorro, que em poucos segundos parou.
- Você ouviu isso, Mat? Tem gente aqui, vamos dizer a eles
que somos amigáveis, que só queremos nos proteger...
- Eu não sei, Rob... eles podem, sei lá, não gostar
disso...
- Cara, se você quer voltar pra ser estraçalhado por aquelas
coisas pode ir. Eu vou ficar.
Tentaram a campainha mais uma vez, porém nenhum ruído dessa
vez.
- Vamos entrar.
Rob girou a maçaneta, e novamente para a surpresa de ambos
a porta se abriu.
- Olá! Tem alguém aí?! Nós estamos entrando, por favor,
fiquem calmos, não queremos arrumar problemas!
Mat veio cobrindo a retaguarda de Rob enquanto entravam na
casa. A imagem que viam era de um palacete comparada ao que estavam
acostumados, porém nada se moveu, nem sinal de que alguém estivesse por
ali.
- Cara, não tem ninguém aqui.
- Mas a gente ouviu o latido de um cachorro!
- Não sei, às vezes foi só uma impressão...
- Não, Rob, tenho certeza de que era um cachorro, vamos
tomar cuidado!
- Ei! Fica calmo, vamos olhar essa sala aqui e ver se encontramos
alguém.
Os dois caminharam pela sala de estar, que também estava
deserta. A lareira estava apagada, havia apenas algumas xícaras sobre uma
pequena mesa com tampo de vidro acima de um tapete de veludo vinho, a TV de LED
estava desligada, as poltronas vazias, uma prateleira de livros bem próxima da
janela tinha algumas fotos expostas em porta-retratos.
- Olha, Rob! Deve ser a família que mora aqui.
- Será que eles foram viajar?
- Não sei, você ouviu o cachorro...
- Oras, podem ter ido viajar e deixado o cachorro... Só
espero que não seja um pitbull - Falou Rob lançando um sorrisinho de sarcasmo.
- Não é, olha aquela outra foto...
- Ufa, essa coisinha não estraga nem minha calça.
Um latido veio do corredor que tinham acabado de passar. Os
dois garotos ficaram em choque, apenas se viraram para ver quem estava por ali
os observando.
- Oi, quem são vocês?
Robson ficou espantado ao ver uma menininha parada segurando
a coleira de um cão. Era a menina da foto, uma doce garota de cabelos negros e
ondulados que iam até os ombros, tinha pouco mais que um metro a pequena
pessoa, a pele um pouco pálida e um rosto muito delicado.
- Você mora aqui, certo?
- Sim, eu estou esperando meus pais, vocês conhecem eles? -
Os pequenos olhos da menina brilharam.
- É... acho que não conhecemos não.
- Qual é o nome de vocês?
- Eu me chamo Robson, e esse aqui é Matheus... e você? qual
o seu nome?
- Eu me chamo Victória, e esse é o Tod.
- Que cachorro bonito, acho que você gosta muito dele, né?
- Uhum.
- É... e seus pais? Onde eles estão?
- Eles foram viajar, eu fiquei aqui com o tio Marcos.
Os garotos se incomodaram com a informação do adulto, ele
poderia não achar nada adequado que dois garotos desconhecidos tivessem pulado
o muro e ficado ali falando com sua sobrinha.
- E seu tio? Onde ele está?
- Não sei, ele disse que ia comprar cigarros uns dias atrás
e não voltou, acho que o tio foi pra casa dele... Tenho medo de ficar aqui
sozinha, por isso eu durmo com o Tod.
Os dois se entreolharam e perceberam o que devia ter acontecido
com o tio da menina. Além de a acharem muito corajosa por permanecer
sozinha na casa naquelas condições que as coisas estavam.
- Não precisa ter medo, agora eu e o Matheus vamos te fazer
companhia.
- É, nós vamos ficar aqui com você, Vic... Ops... Posso te
chamar assim? só de Vic?
- Uhum... é assim que meus pais me chamam, e como posso
chamar vocês?
- Me chama de Mat, ele você pode chamar de Rob.
- Apelidos engraçados - A garotinha soltou uma
risadinha.
No mesmo instante o estômago de Matheus soltou um ruído que
cortou o assunto e aumentou ainda mais o riso no rosto da menina.
- Vic, será que você teria algo pra gente comer? Nós nos
esquecemos de pegar nossas coisas quando viemos pra cá.
- Tem bastante comida aqui, vamos pra cozinha!
A menininha foi caminhando e levando o cachorro pela
coleira até a cozinha, onde apresentou aos garotos um ótimo banquete com suco,
biscoitos, pão e margarina e alguns docinhos.
- Nossa! nunca comi nada igual, essas cookies estão
maravilhosas! – Disse Matheus se empanturrando com a comida.
- Realmente estão ótimas, obrigado, Vic.
- De nada.
- Mas me diga, por que você deixa a porta aberta? Não tem
medo daquelas coisas lá fora?
- Eu morro de medo deles, só abri a porta pra vocês
entrarem... Queria meus pais aqui.
Robson notou a ingenuidade da menina, que teve sorte, pois
se fosse alguma pessoa ruim sabe-se lá o que poderia ter feito com aquela
garotinha.
- Eu tenho um esconderijo, e fico lá esperando meus pais,
daí hoje ouvi vocês e abri a porta, tenho medo de ficar aqui sem ninguém... - O
olhinhos da menina encheram-se de lágrimas.
Os garotos mal podiam acreditar
que ela tinha passado mais de um dia sozinha.
- Ei, fica calma, Vic! Nós estamos aqui com você e não
vamos deixar que nada te aconteça!
- Prometem?
- Claro, eu e o Mat somos seus seguranças agora, vamos
cuidar de você até que seus pais ou o tio Marcos voltem!
A menininha correu até Robson e o abraçou. Seus dedinhos o
apertaram com tanta força que parecia despedir-se dele para o resto da vida.
- Só vai ter que me prometer que vai ser mais cuidadosa, tá
bem? Nós poderíamos ser homens maus, você não pode abrir a porta pra qualquer
um!
- Uhum, eu prometo... Mas se vocês fossem maus o Tod teria
atacado vocês, ele não gosta de homens maus.
A noite começava a cair e o barulho asqueroso daqueles
zumbis começava a ficar mais alto devido ao aumento deles perambulando nas
ruas. O som era terrível, mas dentro da casa onde estavam mal se dava para
ouvir aquele inferno. Apenas Tod soltava alguns latidos de vez em quando.
A garotinha mostrou-lhes o
resto da casa, que tinha dezesseis cômodos, todos muito amplos, inclusive os
quatro banheiros. Porém, todos vazios, apenas preenchidos pelas mobílias.
Depois os garotos fizeram companhia à pequena Vic e
assistiram a alguns desenhos com ela. A menina parecia estar tão alegre que
esquecera a ausência dos pais por uns instantes. Mat deixou as brincadeiras de
lado e foi observar a janela um pouco.
- Ei, Rob, dá pra vir aqui um pouco?
- Tô indo.
A menina se espantou com o repentino chamado, Mat
percebendo isso tentou acalmá-la.
- Não é nada, Vic, eu só quero falar com o Rob, a gente já
volta pra brincar.
A garotinha retornou a pintar a folha em que fazia um
desenho.
- O que foi?
- Percebeu que não tem energia em lugar algum, só
aqui?
- É, eu vi mesmo. Eles devem ter geradores de emergência
pra falta de energia...
- Sim, eles são ricos.
- Sabe... fico feliz que você tenha conseguido se salvar,
nem posso acreditar no que o nosso alojamento virou.
- Eu que tenho que te agradecer, cara, sem você eu não
estaria vivo.
- Bem... e nossos pais? Como será que eles estão? Espero
que o governo tenha conseguido proteger as cidades grandes...
- Eles estão bem sim, pelo visto foi aqui que essa merda
passou dos limites... Nossos amigos... espero que tenham conseguido escapar...
- Pois é... em pensar que falavam que o alojamento que era
seguro, se continuássemos lá acho que não estaríamos mais vivos.
- É... e essa menina? Não achou estranho ela abrir a porta
pra gente? Ela nem nos conhecia.
- Essa garotinha é um doce de criança, teve sorte que
outros não tentaram fazer o mesmo que a gente, os pais dessa menina tinham que
tomar mais cuidado em deixá-la em casa sozinha.
- Ela não está sozinha, esqueceu que tem o tio dela?
- Você sabe muito bem o que deve ter acontecido com ele,
acha que alguém sairia pra comprar algo e sobreviveria lá fora? Ainda mais um
velhote.
- Não sabemos se era um velhote...
- Um cara que fuma e cuida da sobrinha só pode ser um
velhote...
O diálogo dos dois foi interrompido quando Vic veio lhes
mostrar o desenho que tinha feito. Os dois elogiaram os rabisquinhos da garotinha
e brincaram mais um pouco com ela.
Já estava começando a ficar tarde, os dois tinham corrido
muito durante o dia, o mau cheiro era inevitável. Eles perguntaram a menina se
podiam tomar um banho e trocar de roupas. Para a sorte deles o pai da garota
havia deixado umas peças velhas de roupa, que serviriam muito bem em Rob, mas
ficariam um pouco apertadas para Mat.
Havia dois banheiros no andar de cima e dois no térreo, Vic
optou por deixá-los tomar banho nos de cima, que eram próximos de seu quarto e
de outro quarto que os garotos poderiam dormir, o mesmo em que estava tio
Marcos.
Rob foi o último a tomar banho, assim que saiu do banheiro
resolveu dar uma olhada pelos cômodos. No fim do corredor havia uma escotilha
no teto que não fora apresentada aos meninos.
- Hum, deve ser um sótão. - Pensou Rob.
Rob até quis puxar a porta e subir para conhecer um pouco
mais da casa, mas já estava tarde demais e poderia não ser fácil de encontrar o
interruptor da luz lá em cima, além do mais, ele era visita.
Entrando no quarto que lhes foi
concedido foi logo experimentar a cama, apenas Matheus estava no quarto,
Victória permanecia em seu quarto escovando o pelo de Tod. Havia, ao lado da
cama, um criado mudo com uma gaveta. Rob não resistiu à curiosidade e a abriu.
Dentro tinha uma caixinha envolvida numa sacola de plástico.
- Isso parece um... Não pode ser!
Era um maço de cigarros ainda na embalagem.
- O tio dela ainda está aqui!
Nenhum comentário:
Postar um comentário