Novidade no Domingo do Game!
A partir desse e dos próximos domingos, contaremos com a presença do meu amigo Luiz Meirelles, que tem um canal no YouTube sobre games. Não deixem de conferir o material inédito que vem por aí!
terça-feira, 29 de maio de 2012
Especial: O Diário do Blog
Por Diego Ferraz
Terça-Feira
Eu queria deixar claro duas coisas, fui convidado pra escrever esse diário para o blog e tenho certeza de que será um fracasso. É possível que meu “chefe” – esse tal de Gustavo - me corte por falar isso, mas já que me convidou, agora aguente.
Eu queria deixar claro duas coisas, fui convidado pra escrever esse diário para o blog e tenho certeza de que será um fracasso. É possível que meu “chefe” – esse tal de Gustavo - me corte por falar isso, mas já que me convidou, agora aguente.
Meu nome é
Diego Ferraz e tenho 15 anos. Nunca gostei desse sobrenome e minha idade é uma
coisa tensa. Tem uma boa explicação pra esse lance da idade, é simples na
verdade, é porque com 15 anos você só se sente grande, mas na verdade é um bebezinho
da mamãe. Além disso, você é convidado pra várias festas das meninas da sua
sala, esses bailes de debutantes cheios de coisas, o que eu acho um lixo. A
última em que fui eu tive que dançar com uma menina que estava com os dentes
SUJOS e fedendo ALHO.
Meu nome é
tenso também porque sempre tem um piadista que chega em mim e fala “SUA MÃE É A
CAROLINA FERRAZ?”. Cara, de boa mesmo, não tem a menor graça e é um saco
ficar aturando esses bocós da escola me perguntando todo dia a mesma coisa. Mas
não me sinto tão BULINADO – essa foi a gíria que meu professor de Sociologia
inventou pra quem sofre Bullying – porque tem o Jorge Pinto Rego pra salvar a minha pele na sala.
Bem, quando
recebi o convite pra fazer esse diário até fiquei empolgado, na hora fui
correndo ao Facebook postar que meu futuro seria me tornar escritor. Mas quando
fiquei sabendo que quase NINGUÉM lê isso aqui, confesso que desanimei, nem ia
escrever esse diário, mas esse Gustavo insistiu muito. Desejo toda sorte pra
ele, mas sei lá, acho que isso aqui não vai pra frente não.
Por falar em
Facebook, acho que seus tempos bons já se foram, hoje em dia tem uma guerra de
imagens e indiretas por lá. Mas tudo bem, porque prefiro jogar Diablo III do
que ficar por lá perdendo meu tempo, mesmo com os joguinhos do Facebook, que
são muito piores (The Avengers nem é tudo isso).
Mas hoje eu
não vou poder ficar jogando, minha mãe vai me levar pra tomar a vacina de 15
anos. Eu não sei se acredito nas pessoas, mas todo mundo fica me botando medo
como se a agulha tivesse 15 metros. Mas o que me preocupa na verdade são
aqueles idosos que sempre que vou aos postinhos de saúde, sempre estão perto de
mim e ESPIRRANDO. Desse jeito vou ter que tomar várias injeções pra não sair de
lá doente.
(Até a próxima terça!)
segunda-feira, 28 de maio de 2012
domingo, 27 de maio de 2012
Domingo do Game
Cara, todo mundo tem um ladrãozinho dentro de si, mas ao invés de fazermos besteiras, jogamos! Acredito que The Crims foi o que chegou mais próximo de um "GTA Brasil". Enfim, o jogo não possui uma interface com gráficos, como o GTA, ele é bem simples, seu objetivo é puramente baseado na estratégia, como um Banco Imobiliário.
Mesmo sendo tão limitado, The Crims já teve seus tempos áureos e não foi à toa, pois o jogo possui uma forma muito cômica de opções para executar cada ação, como roubar, comprar armas, drogas e outros. Para quem não faz ideia do que estou dizendo, você pode roubar o Carrefour ou as Casas Bahia, por exemplo. Se você nunca jogou ou está afim de relembrar, este é o site: http://www.thecrims.com/.
O vídeo que segue está meio precário, porque ele não detalha bem cada coisa (sem contar que acaba do nada), mas foi o mais breve que encontrei, confiram:
sábado, 26 de maio de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Quando a Primavera chegar
Por Jaqueline Masotti
Cansada de esperar que as flores brotassem depois de um longo inverno, sentei-me e observei o sol chegar nas planícies. Tudo estava se modificando e a primavera estava finalmente aparecendo, e algo dentro de mim estava, assim como as flores, nascendo. Um novo amor? Uma nova alegria? Uma nova felicidade? Nunca saberia dizer o que a Primavera estava trazendo para mim dessa vez. Apenas esperava que fosse algo capaz de me dar esperanças.
As nuvens iam cada vez mais longe, deixando apenas um leve vestígio de sua existência. Tudo ao meu redor era belo e tranquilo. Eu nunca, em toda a minha vida, havia me sentido tão bem. Mas algo em mim, infelizmente, me fazia crer que aquela paz era apenas uma ilusão.
A noite chegou tão rápido quanto as nuvens se foram. As estrelas apareceram e logo me senti um pouco melhor. Mas isso não significava muito. Meus pesadelos, com o chegar da Noite, apareceram em imagens altamente nítidas, que acabaram por me fazer cair aos prantos, molhando a terra na qual minhas esperanças foram plantas. E ali, naquele lugar, nasceu uma flor. Não uma flor qualquer. Uma flor de tristezas e esperanças. Uma flor que irradiaria todos os meus sentimentos durante o belo frescor da primavera.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Especial: Coluna Europeia
Por Sheila Nascimento
Continuação - Final
Deixando de lado
todo o encanto do Renascimento, havia chegado o momento de vivenciar toda a
grandeza do Império Romano. Nosso passeio do dia seguinte contou com a ilustre
presença de um indonesiano que conhecemos no hostel. As principais ruínas do
império se concentram em uma região da cidade. Nesta área se encontram o
Colosseo, o Palatino e o Foro, além do parque onde funcionava o Circus
Massimus. Sim, fiquei fascinada com tudo o que me foi apresentado naquele
lugar! As abóbadas do grande anfiteatro saíam dos livros de arte e se
materializavam diante dos meus olhos; senti-me pequenina dentro do Colosseo.
Imaginei como os espetáculos aconteciam lá dentro, o barulho da multidão e onde
os espectadores se sentavam para assistir às caçadas e às batalhas navais e de
gladiadores. Verdadeira política de pão e circo. Achei o máximo. Tanto quanto
os arcos de triunfo de Constantino e Tito. Tanto quanto as ruínas do Palatino,
que me instigaram ainda mais a imaginação: templos representados apenas por
colunas, basílicas e fóruns dos quais restavam algumas pedras, regiões ainda em
escavação. Riqueza!
Colosseo
di Roma.
Vista
geral das ruínas romanas.
Já era noitinha quando chegamos à Piazza
del Campidoglio, projetada por Michelangelo. Um lugar simpático que é o coração
do museu que abriga a fabulosa obra de bronze da loba alimentando os irmãos
Romolo e Remo. Muito próximo se encontra um prédio lindíssimo, o Vittoriano,
que recebe muitos turistas devido a exposições temporárias. As luzes dão um
encanto à cidade noturna, que nesse momento se apresenta para o segundo ato do
espetáculo, este mais glamoroso e convidativo. A Fontana di Trevi aparece no
palco, e todas as luzes da cidade se voltam para ela. A água que jorra da fonte
dos deuses parece mágica e capaz de envolver todos os desejos. Uma curiosidade:
dizem que cerca de 4000 euros são arrecadados toda semana graças aos turistas
que não hesitam em seguir a tradição de lançar uma moedinha para que possam
assegurar seu retorno à cidade histórica.
Detalhe
da Fontana di Trevi.
Pantheon.
Restava apenas um
dia naquele lugar encantado. Ainda na dúvida sobre o que fazer para aproveitar
os últimos momentos, dois lugares eram prioridade no nosso roteiro: o Pantheon
e a Chiesa San Luigi dei Francesi. Passamos rapidamente por uma exposição de
imigração italiana no Vittoriano, derretemo-nos por uma loja do Pinocchio
todinha de madeira e almocei um spaghetti
a carbonara. O Pantheon foi o grande templo pagão dos romanos, mas
atualmente é um local cristão. Seu formato redondo era uma reverência ao deus
Sol. O mais curioso lá dentro se encontra acima dos olhos: a abertura central
do teto, que confere toda a luminosidade do ambiente. E sim, chove lá dentro! Grande
surpresa também tive ao entrar na Chiesa San Luigi dei Francesi. Uma igreja
pequena e comum, não fosse pela magnífica obra barroca presente no altar
principal: La Vocazione di San Matteo,
de Caravaggio. Eu já havia visto Caravaggio no Louvre, mas foi diante das
pinturas da vocação que compreendi o que o diferenciava de todos os artistas. A
iluminação de suas pinturas no jogo claro-escuro é inconfundível e de uma
perfeição tamanha que sentimos como se uma lâmpada estivesse acesa na cena
real. Meu dia já havia valido a pena.
Despedimo-nos
da cidade passando pela aconchegante Piazza Navona e seguindo pelo Corso
Vittorio Emanuele, Piazza Venezia e Via Nazionale, até que chegamos à estação Termini
novamente, onde tomaríamos um ônibus rumo ao aeroporto. Eu estava deixando Roma
com a sensação de ter acabado de assistir a um filme que tem continuação. No
mínimo uma trilogia. Eu sei que preciso voltar àquele lugar. Ao menos para
matar a vontade do gelato e do caffè. Para visitar alguns museus. Para
comprar roupas. Para viver o espetáculo mais uma vez e descobrir muitos outros
tesouros...
Uma
dica: evitem passar a noite em um aeroporto!
Eu viveria para
sempre em uma rua como esta.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Pior que Um Soco na Cara
Por Gustavo Gonçalves
Ser bonzinho, o carinha gente fina, aquele que está sempre presente nos momentos difíceis, isso tudo não dá em nada. Quem sabe isso desse certo nos anos cinquenta. Sabe quem faz isso hoje em dia? Os adoráveis "amiguinhos" e que receberão eternamente esse título.
Há meninas que vivem dizendo que não encontram alguém, ou que todos os homens são iguais. É bem compreensível que tenham essa opinião, já que estão sempre correndo atrás do mesmo tipo de homem, que não é o "amiguinho". Que fique certo que essas meninas não procuram um homem, mas sim um príncipe de seus sonhos e nos moldes apropriados para suas amigas. Entretanto, essa é uma felicidade falsa, um dia será alcançada e no dia seguinte perecerá. Não se trata de rogar praga, abra os olhos e conte quantas vezes já não ocorreu com outras.
É óbvio que essa circunstância não cabe a todas as meninas, há aquelas com personalidades excêntricas e as mais experientes que já se cansaram dessa bobagem. Contudo, aprender não vai voltar ao passado, curar os corações partidos, as lágrimas derramadas e reverter a frase "apenas amigos" da mente de alguns. Não se trata de uma vida da Disney, onde tudo acaba bem, abra os olhos enquanto é tempo, se não o remorso vai consumir suas entranhas um dia.
Ser bem sucedido significa estar feliz com aquilo que se almejava. Matéria por matéria continua na estática insignificante de não se conseguir nada. E ao contrário do que dizem, isso não é possuir maturidade, mas ter sinceridade consigo mesma (ou "mesmo", já que também há a versão masculina desse caso). Mas enquanto preferir acreditar nesse molde fútil de vida, continue falando que tudo é igual e decadente.
domingo, 20 de maio de 2012
Domingo do Game
Para essa semana escolhemos o jogo Grand Chase. Não que ele seja o MMORPG mais complexo do mundo e com o melhor gráfico, mas para um jogo ser bom ele tem que ser viciante, e isso Grand Chase consegue facilmente. O jogo tem uma interface bem intuitiva, não é aquele tipo de jogo que você vai descobrir como usar equipamentos depois de duas semanas . O jogo tem crescido cada vez mais, possui um número de missões, personagens, skills e equipamentos muito amplo. A melhor parte é que o servidor original é brasileiro (ou seja, em português) e gratuito (obviamente possui itens pagos, mas isso é dentro do jogo e opcional). Se você ficou interessado, este é o site da Level Up: http://levelupgames.uol.com.br/grandchase/ . O vídeo que segue é da atualização anterior a recente, que foi feito para a "Season 3", a atual se chama "Chaos", porém demonstra bem o estilo do jogo.
sábado, 19 de maio de 2012
The Walking Dead In My Life
Por Gustavo Gonçalves
Quem dera vivêssemos em um mundo zumbi, pessoas horríveis apodrecendo enquanto caminham e fazendo de tudo pra arrancar minhas entranhas e sugar meu sangue. Isso pode soar insano, mas seria bom, sabe por quê? Bem, é simples a resposta, é porque já vivemos em um mundo zumbi, porém, com vários seres putrefatos disfarçados. É totalmente comum em nossas vidas nos depararmos com pessoas que são de uma personalidade totalmente podre, mas ainda assim continuarem a caminhar por aí com seus rostos bonitos. Também há aquelas que estão doidas pra sugar seu sangue, essas que o fazem de um perfeito serviçal. Percebeu a ironia? Quem dera eu vivesse num mundo tão sincero quanto o de Rick Grimes.
(Sugestão: Depois desse texto indico "Civilian" do Wye Oak, segue a música abaixo)
(Sugestão: Depois desse texto indico "Civilian" do Wye Oak, segue a música abaixo)
quarta-feira, 16 de maio de 2012
E você, já acordou?
Por Gustavo Gonçalves
Imagine que a vida seja curta, não é algo tão difícil de se pensar, não é? Pois bem, pense agora que viverá até os cem anos. Achou muito? Para o ser humano é um tempo formidável de vida. Isso mesmo, meu caro, porém, quantos anos tem agora? Quinze? Dezessete? Trinta e cinco?... Se a resposta for meu último palpite, tenho o inconveniente prazer de informá-lo que possui apenas dois anos de idade útil. Talvez você esteja pensando "como assim?", mas fique tranquilo, a resposta está no sono. Ainda que não seja uma regra geral, mas na vida nos orientamos por médias de tudo, até nosso precioso sono é algo que entra nesse jogo estatístico, dormimos uma média de oito horas por dia. Essa sutil informação transforma seus adoráveis cem anos em nada menos que sessenta e sete anos úteis de vida.
Isso ainda é quase o dobro da expectativa de vida de alguns países africanos. Mas não pense que você está tanto no lucro assim, não se esqueça de que há o tempo do banho, de trocar de roupa, de arrumar o cabelo, de se maquiar, enfim, de fazer todas essas coisas mecânicas que não são o que consideraríamos "aproveitar a vida". Entretanto, você aí que tem menos de trinta e três anos, sinta-se no privilégio de ainda não ter acordado para a vida. Sim! Estamos em estado de dormência perante o quadro final de nossas vidas! Essa é a vantagem dos cem anos, nos tornam estatísticas brilhantes e sonolentas por um bom tempo. Partindo dessa premissa, tecnicamente ainda não nascemos para a vida em si, estamos nesse limbo estatístico dos sonhos (claro, se você ainda tem menos que trinta e três). Mas a grande pergunta é: Você está preparado para acordar?
terça-feira, 15 de maio de 2012
Especial: Coluna Europeia (Parte 3)
Por Sheila Nascimento
Continuação
Conhecemos dois
brasileiros no hostel e com eles fizemos nosso passeio do outro dia. O destino
era a cidade do Vaticano. Atravessamos Roma, apreciando-a em todos os detalhes.
Também não economizamos nas fotos, pois em cada esquina nos deparávamos com uma
fonte diferente, um prédio histórico ou mesmo aquelas ruelas típicas da
civilização europeia. “Ridículo é saber que todos esses projetos são apenas
obras de Michelangelo e Bernini, por exemplo. Mais ridículo é pensar que foram
construídas devido a algum marco histórico.” Passamos pela Piazza di Spagna e
seguimos em direção à Piazza del Popolo, dois sítios muito visitados pelos
turistas. A propósito, turista é o que não falta naquela cidade! Sei que não
conheci a Itália ao visitar Roma, pois a coisa mais difícil de ser encontrada
em Roma é um romano. A cidade foi invadida pelos imigrantes também,
frequentemente africanos e indianos. Foi só depois de atravessarmos o Rio
Tevere e o Castel Sant’Angelo que avistamos a entrada do Vaticano. Eu estava
ansiosa.
Rio Tevere e Ponte Umberto I.
A primeira sensação
foi de que a praça e a basílica não eram tão grandes quanto eu imaginava. Mas
bastou uma maior aproximação para minha mudança de opinião. Assim como muitas
igrejas de Roma, a Basilica
Fachada da Basilica di San Pietro.
Interior da Basilica di San Pietro
mostrando o Baldaquino de Bernini.
di San Pietro é um verdadeiro império. Com
colunas jônicas e coríntias tão altas que parecem que vão tocar o céu. A
Basilica di San Pietro foi construída entre 1507 e 1607, com a participação de
grandes arquitetos, como Bramante, Raffaello, Sangallo, Michelangelo e Maderno,
durante o período renascentista, mas Bernini também deixou sua influência
barroca. No seu interior, a basílica é ainda mais imensa. Composta por inúmeras
capelas, a igreja é organizada para que os turistas possam percorrer suas
laterais por um sentido único, para evitar tumulto. É logo na entrada que se
encontra, protegida por um vidro blindado e por dezenas de chineses que
chegaram antes de você, a escultura La Pietà de Michelangelo, considerada sua
obra de acabamento mais elaborado. O centro da basílica revela surpresas: o
Baldaquino de Bernini, uma riquíssima obra tipicamente barroca, e o altar
principal, do mesmo artista. Mas logo minha atenção foi roubada pela gigante
cúpula que pode ser vista de todos os cantos de Roma. Elaborada por
Michelangelo e Giacomo della Porta, no mais perfeito estilo renascentista, esta
obra dá vida ao interior da basílica por criar uma iluminação impecável ao
ambiente. E mais uma vez é o mármore que desenha o piso de toda a basílica, sob
a forma de brasões circulares.
Uma pausa para o
almoço, em um ristorante que me
serviu o melhor panettone de todos os
tempos: massa leve e macia coberta com um divino açúcar de confeiteiro. Em
sentido literal, os italianos comercializam comida. É certo que a cozinha
italiana é uma das mais influentes do mundo, e certamente os italianos sabem
disso. Os garçons avistam de longe os possíveis turistas que procuram por uma
boa pasta, oferecem menus e negociam preços. Mas se mostram verdadeiros
italianos quando ficam à espera de um elogio pós-degustação, pois para eles não
há nada mais importante na vida do que cozinhar e comer. Sem dúvida, a
dignidade de um homem na Itália se mede na cozinha!
O melhor panettone de todos os tempos.
Os Musei Vaticani
concentram um inestimável patrimônio artístico. Imaginem um imenso prédio em
que cada chão, parede ou teto tenha sido minuciosamente arquitetado com a única
finalidade de transmitir beleza e perfeição. Abrigam desde obras da pré-história
até do período do renascimento e arte bizantina, incluindo importantes acervos
egípcios e gregos. Fiquei fascinada com os gigantes corredores de tetos
trabalhados e paredes cobertas com tapetes (arazzi,
em italiano) de estampas religiosas ou conquistas territoriais romanas, sob um
ambiente de luz dourada. Mas as capelas são a grande sensação do museu.
Transmitem geralmente temas cristãos através de afrescos magníficos que cobrem
todo o ambiente com cores suaves e detalhes dourados. A Stanza della Segnatura
contém os afrescos mais famosos de Raffaello: a sala sinaliza o começo do Alto
Renascimento. Originalmente, Julius II usou a sala como sua livraria e quarto
de estudo privado. O esquema iconográfico dos afrescos, pintados entre 1508 e
1511, reflete seu uso. A Cappella Sistina é a sala mais procurada do museu,
seja devido à sua importância religiosa (é o local utilizado para a realização
dos conclaves), seja por sua importância artística. Através de afrescos de
figuras vigorosas e dramáticas, suas paredes e seu teto representam cenas
bíblicas que abrangem desde a criação do mundo até o juízo final.
Teto da Stanza della Segnatura, de Raffaello.
Musei Vaticani.
Laocoonte
e seus filhos no coração do museu. Musei Vaticani.
Vista da cúpula da
Basilica di San Pietro, a foto mais bonita da viagem! Musei Vaticani.
Realmente, uma obra maravilhosa
de Michelangelo, Raffaello e outros artistas renascentistas. A arte grega
também ganha espaço no museu, com esculturas de deuses e imperadores de
perfeitas formas físicas. Para mim, o destaque foi a obra Laocoonte e seus
Filhos, uma dramática escultura helenística. No acervo egípcio, encontramos
sarcófagos, máscaras funerárias e até múmias. Vasos do período Neolítico ainda
compõem algumas salas. Tivemos o privilégio de ver também O Pensador, de Rodin,
em exposição temporária. E então, por profundas escadas de caracóis, deixamos os
Musei Vaticani.
(Continua na próxima terça)
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Um Pouco de Calculadora e Amor à Tecnologia Fará Bem para Você
Por Jaqueline Masotti
Você já ouviu falar de uma banda que se chama Usina de Energia? Não? Poxa, que pena amigo. Você tem certeza? Às vezes você já ouviu uma chamada Kraftwerk… e não sabia que isso significa usina de energia, em alemão! Olha, essa banda foi muito influente na música eletrônica (e ainda é) com seus ritmos vindos de uma outra galáxia!
Bom, pelo nome da banda, já se conclui que deve se tratar de algo tecnológico. E sim, suas músicas tem sempre algo de eletrônico no nome: Pocket Calculator (essa é de dar risada… os sons que eles usam, ao menos eu vejo graça, são de fazer você rir…), Computer Love (essa vai lembrá-lo um pouco de Talk do Coldplay - os caras usaram um pedaço da música para construir a deles, mas, pelo que li, tudo com os direitos autorais) entre outros nomes que envolvam a situação da Guerra Fria e suas tecnologias.
Para você que gosta de um cenário das máquinas, sem dúvida vai gostar da banda. Quando digo eletrônica, não falo de puts puts puts ou wubwubwubwub (insira outras onomatopéias a seu bel-prazer). Eu falo da criação de um mundo cheio de estrelas dentro de você. E logo abaixo desse céu, estações espaciais, astronautas e a Terra logo abaixo. É… eu diria que o Kraftwerk consegue transmitir o possível som que existiria no Universo, se não houvesse o vácuo. E você viaja ouvindo, atravessando um buraco de minhoca e indo parar em outro tempo e espaço. E sinta-se feliz com isso.
As letras… Bom, não espere algo com grande conteúdo poético. Ao ouvir Radioactivity, você vai ouvir que Madame Curie descobriu a radioatividade e que essa sintoniza o Kraftwerk. Mas, em compensação, ao ouvir The Hall of Mirrors (uma das músicas mais lindas e mais fantásticas que já ouvi) você vai descobrir algo sobre as estrelas ao se refletirem no espelho... É, não espere conteúdos altamente amorosos… se quiser ouvir sobre amor ouça um pouco de The Cure ou um pouco de The Smiths (ambas excelentes bandas que farão bem ao seu coração ou a sua depressão).
Uma coisa que gosto nas letras da banda é que eles misturam o Alemão (lógico, eles são alemães) com o Inglês (para nós coitados entendermos ao menos uma parte). Mas isso dá um efeito ainda mais tecnológico, pois a meu ver, o alemão é uma língua que inspira tecnologia. Tente ler um poema romântico em alemão e tente ler um manual da sua TV em alemão (se você souber o idioma, eu não sei, mas imagino). Verá que o manual vai ser muito mais interessante. Bom, posso estar terrivelmente enganada (hey, eu gosto de alemão, acho uma língua com uma sonoridade muito bonita).
O ritmo… Ah! O ritmo… a melodia... Sim, esse é o ponto mais forte do Kraftwerk e o que mais gosto neles. Sabe quando você vê um filme de ficção científica, mas aqueles espaciais? Bom, é a mesma sensação ao ver uma nave saindo em direção ao cosmos e ouvir Kraftwerk. Em ambos você vai querer estar dentro. Ah, vai me dizer que nunca quis estar em uma nave espacial? Por favor, se nunca quis, volte para a cama, durma e fique lá até decidir sonhar com naves espaciais. Bom, voltando, você vai querer estar dentro da melodia da banda. Vai querer fazer parte da máquina, do universo e de tudo. Mas, conselho, ouça de noite. De dia não tem graça.
Bom, depois de falar o que penso a respeito, é hora de apresentar o som dos caras. Vou indicar as que mais gosto - Pocket Calculator está ai pra vocês rirem
Bom, fica aí a dica! A banda se apresentou dia 11 no festival Sónar
(aproveitei a deixa). Na página do festival tem a história da banda (e haja
história) um pouco resumida.
http://www.sonarsaopaulo.com.br/pt/2012/prg/ar/kraftwerk_104
http://www.sonarsaopaulo.com.br/pt/2012/prg/ar/kraftwerk_104
Uma nota importante: Na wikipédia, Kraftwerk está traduzido como usina de energia (e no google translate também, "power station"). No Last fm, está como "power plant"….Optei por confiar no google e na wikipédia.
Mas confiram a história da banda um pouco mais completa:
http://www.last.fm/music/Kraftwerk/+wiki
É isso ai! Um beijão para vocês!
domingo, 13 de maio de 2012
Domingo do Game
Minecraft
Para nosso primeiro domingo de jogos escolhemos esse vídeo do canal "aldroydzito", do meu amigo Victor Sales. Não se trata do jogo em si, mas sim de uma minissérie feita em cima do jogo. Assim você verá bem o estilo do mundo de Minecraft. Confiram:
Aguarde mais no próximo domingo!
sábado, 12 de maio de 2012
Ultrapassando o Semáforo
Por Gustavo Gonçalves
Sem essa de que banda brasileira não presta, essa é uma opinião infundada. Entre todas as que eu poderia indicar, falarei especificamente sobre uma: Vanguart. Bem, eu já fui a um de seus shows, que foi na Virada Cultura em Jundiaí no ano de 2009. Na época eu conhecia apenas "Semáforo", gostava muito dessa música, mas sinceramente nada se compara ao som ao vivo, e no meu caso a uns 5 metros do palco.
A banda Vanguart já existe desde 2002. Não é à toa que eles não estouraram como o "Rebolation" do Parangolé ou o "Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha" de João Lucas e Marcelo, afinal eles tocam Folk Rock, o que no Brasil, infelizmente, não é muito difundido. Suas músicas normalmente são metafóricas e de um nível de compreensão bem elevado, mas ainda assim nada prejudica a transmissão da sensação peculiar que o seu som carrega.
O vocalista, Helio Flanders (o qual tive a sorte de conseguir tirar uma foto com ele) é matogrossense - viu só, não é só do Pará que surgem novidades - e além do vocal também toca violão e gaita. Para os chatinhos de plantão, o Vanguart canta músicas tanto em português quanto em espanhol e inglês.
Quem conhece a banda normalmente só ouviu "Semáforo", assim como eu antes de ir ao show. Quer um conselho? Dê um tempinho para o Facebook e para o MSN e procure um pouco mais da banda, pode ser no Google mesmo. Mas se você insistir em ficar no Facebook, não tem problema, eles possuem uma página da Vanguart, procure lá, vale muito à pena.
Faz um bom tempo que não vejo anúncios de shows da Vanguart pelo interior paulista, mas se você for o sortudo que ver por aí não deixe de ir! Caso não tiver tanta sorte assim, ainda existe o Youtube. Mesmo que não tenha muito material do primeiro CD (o primeiro que fizeram por uma gravadora), o qual tem o mesmo nome da banda, é uma opção. Aqui estão umas das músicas que mais gosto:
Álbum: Vanguart
Álbum: Boa Parte de Mim Vai Embora
Valeu aí, até a próxima banda!
Por Gustavo Gonçalves
Sem essa de que banda brasileira não presta, essa é uma opinião infundada. Entre todas as que eu poderia indicar, falarei especificamente sobre uma: Vanguart. Bem, eu já fui a um de seus shows, que foi na Virada Cultura em Jundiaí no ano de 2009. Na época eu conhecia apenas "Semáforo", gostava muito dessa música, mas sinceramente nada se compara ao som ao vivo, e no meu caso a uns 5 metros do palco.
A banda Vanguart já existe desde 2002. Não é à toa que eles não estouraram como o "Rebolation" do Parangolé ou o "Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha" de João Lucas e Marcelo, afinal eles tocam Folk Rock, o que no Brasil, infelizmente, não é muito difundido. Suas músicas normalmente são metafóricas e de um nível de compreensão bem elevado, mas ainda assim nada prejudica a transmissão da sensação peculiar que o seu som carrega.
O vocalista, Helio Flanders (o qual tive a sorte de conseguir tirar uma foto com ele) é matogrossense - viu só, não é só do Pará que surgem novidades - e além do vocal também toca violão e gaita. Para os chatinhos de plantão, o Vanguart canta músicas tanto em português quanto em espanhol e inglês.
Quem conhece a banda normalmente só ouviu "Semáforo", assim como eu antes de ir ao show. Quer um conselho? Dê um tempinho para o Facebook e para o MSN e procure um pouco mais da banda, pode ser no Google mesmo. Mas se você insistir em ficar no Facebook, não tem problema, eles possuem uma página da Vanguart, procure lá, vale muito à pena.
Faz um bom tempo que não vejo anúncios de shows da Vanguart pelo interior paulista, mas se você for o sortudo que ver por aí não deixe de ir! Caso não tiver tanta sorte assim, ainda existe o Youtube. Mesmo que não tenha muito material do primeiro CD (o primeiro que fizeram por uma gravadora), o qual tem o mesmo nome da banda, é uma opção. Aqui estão umas das músicas que mais gosto:
Álbum: Vanguart
Álbum: Boa Parte de Mim Vai Embora
Valeu aí, até a próxima banda!
Vitrine Humana
Por Gustavo Gonçalves
Então, caro cidadão, já estufou o peitinho ou engrossou a pernoca? Não se atrase! O mundo cobra bons modelos, como pode servir ao exército global de pessoas lindas e impecáveis sem ter o devido empenho? Vamos, encolha essa pança caída ou trate de criar músculos nesses palitos que sustentam suas mãos! Não entendeu ainda? Isso não é brincadeira! Veja pelo lado feminino, como pode uma amável menina gostar de um selvagem, que não tenha, no mínimo, uma face esculpida por Michelangelo? Ou um corpo magnífico trabalhado ao modo espartano? Não é de fato um absurdo tal deselegância? Ora, seu bruto, é indecente a sua existência nesse mundo. Quanta falta de educação e bom senso.
Agora mire o lado masculino, como exibir tal troféu se falta peito, bunda e rosto?... Finalmente pode entender do que estou falando? Esse é o amor que criamos. Um sentimento vago e idealizado no impecável, dominado pela insanidade padronizada do que é vencer e fracassar nessa vida. Se é bonito venceu, se é feio fracassou. É tão simples de interpretar que a lógica por si só consegue se incorporar doentiamente na cabeça de cada um. Não se espante, isso não é nada, tem gente que mata por aí. Somos só uma sociedade dualista procurando nosso conforto no lado correto. Só não saia por aí reclamando que queria mais sentimentalismo, está pensando o que? Somos todos parte de uma vitrine!
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Minimamente Sonhador
Por Jaqueline Masotti
Você já ouviu falar de uma banda Islandesa com um vocalista cego de um olho e falsete? Se já ouviu, deve saber que estou falando da banda fantástica chamada Sigur Rós (pronuncia-se Si- ur ros). Esse nome é uma homenagem para a irmã do vocalista, já que seu nome é Sigurros e ela nasceu no mesmo dia em que a banda foi criada. Sigur Rós significa rosa da vitória. Bem poético, não?
Bom, a primeira vez que ouvi a banda, tive a sensação de mergulhar e ir afundando cada vez mais, conforme ouvia a música Avalon. Mas não porque a sonoridade seja deprimente, e sim porque o vocalista, ao tocar sua guitarra, utiliza um arco de violoncelo. Isso mesmo, um arco para tocar uma guitarra. E o som, mamma mia! É a coisa mais extraordinária desse planeta! Claro, se você gostar de coisas de outro mundo. Para ajudar a criar essa atmosfera etérea e minimalista, a voz falsete do vocalista dá um novo ar a essa banda incrível. E eles não usam apenas o arco de violoncelo. Os caras são excêntricos MESMO. Em um DVD que vi deles, eles utilizam cascalhos encontrados ao redor dos poucos (ironia) vulcões da Islândia, e a sonoridade é IN-CRÍ-VEL. Só isso. Tipo, os caras mandam bem até com pedras.
É, as letras são um problema. Mesmo as traduções para o português são meio difíceis de entender. A lírica das músicas são tão viajadas na maionese quanto a melodia. Mas isso não tira a viagem astral que você irá realizar ao ouvir essa banda! Mesmo porque você não vai entender Islandês (muito provavelmente).
Você já ouviu falar de uma banda Islandesa com um vocalista cego de um olho e falsete? Se já ouviu, deve saber que estou falando da banda fantástica chamada Sigur Rós (pronuncia-se Si- ur ros). Esse nome é uma homenagem para a irmã do vocalista, já que seu nome é Sigurros e ela nasceu no mesmo dia em que a banda foi criada. Sigur Rós significa rosa da vitória. Bem poético, não?
Bom, a primeira vez que ouvi a banda, tive a sensação de mergulhar e ir afundando cada vez mais, conforme ouvia a música Avalon. Mas não porque a sonoridade seja deprimente, e sim porque o vocalista, ao tocar sua guitarra, utiliza um arco de violoncelo. Isso mesmo, um arco para tocar uma guitarra. E o som, mamma mia! É a coisa mais extraordinária desse planeta! Claro, se você gostar de coisas de outro mundo. Para ajudar a criar essa atmosfera etérea e minimalista, a voz falsete do vocalista dá um novo ar a essa banda incrível. E eles não usam apenas o arco de violoncelo. Os caras são excêntricos MESMO. Em um DVD que vi deles, eles utilizam cascalhos encontrados ao redor dos poucos (ironia) vulcões da Islândia, e a sonoridade é IN-CRÍ-VEL. Só isso. Tipo, os caras mandam bem até com pedras.
É, as letras são um problema. Mesmo as traduções para o português são meio difíceis de entender. A lírica das músicas são tão viajadas na maionese quanto a melodia. Mas isso não tira a viagem astral que você irá realizar ao ouvir essa banda! Mesmo porque você não vai entender Islandês (muito provavelmente).
O que posso dizer de uma banda que tocou minha alma de tal forma como o Sigur Rós? Bom, pra alguém que no histórico musical encontra-se Björk, Radiohead e Depeche Mode, é de se esperar que goste de uma banda como o Sigur Rós. Mas há algo nessa banda que me permite viver em um mundo de sonhos. Sim, Sigur Rós é mais do que uma banda. É todos o sentimentos do mundo mergulhados em calma. Você se sentirá em uma meditação ou poderá se sentir altamente feliz e bem consigo mesmo ao ouvi-la. Sério. Claro, algumas pessoas dirão que a banda dá sono. E eu direi com um sorriso no rosto: É você que dá sono, seu besta. Não, não farei isso, mas que dá vontade, dá.
De qualquer forma, Sigur Rós é para aqueles que desejam mergulhar-se em si mesmos, e tentar (eu disse TENTAR) conhecer a si mesmo. Não é uma banda para você ouvir e cantar junto. É uma banda para você ouvir e SENTIR junto. Mesmo porque se você tentar imitar o vocalista, você com todo seu talento musical (hey, não fique bravo, eu me incluo nessa) irá parecer um gato miando com diarreia. Ou algo pior. Você e eu não nos igualaremos a genialidade dessa banda, e do vocalista Jonsi. Sinta a melodia com a banda. Mas, um conselho, tome cuidado para não entrar em um estado deveras introspectivo. Sério, caso contrário, não haverá retorno. Você será um eterno depressivo.
Bom, para conhecerem a banda, indico alguns vídeos de músicas mais famosas (hehe) e os vídeo são lindos. Todos. Alguns têm crianças com roupas diferentes, outros alguém afundando e coisas bem excêntricas. Mas belíssimas!
Um dos meus preferidos! Se quiserem conhecer mais da história da banda, indico:
http://www.lastfm.com.br/music/Sigur+R%C3%B3s
Um beijo pra vocês, seus lindos!
terça-feira, 8 de maio de 2012
Especial: Coluna Europeia
Por Sheila Nascimento
Continuação
Tudo o que eu
desejava era uma bela pasta de estreia. Não me decepcionei. Pedi uma al sugo di pomodoro, que me apeteceu aos
olhos. E agora peço licença aos grandes cozinheiros, inclusive à minha mãe, a
fim de vangloriar a arte italiana de cozinhar! Contento-me em agradecer pelo
fato de que provei a verdadeira pasta italiana, uma iguaria indescritível.
*Minha primeira pasta italiana. Perfetta.
O requisito mínimo
para que seja confeccionado um mapa de Roma é fazê-lo com os nomes de todas as
ruas, vias e becos, com o cuidado de que não seja esquecida nenhuma, por menor
que possa ser, por mais insignificante que possa parecer. Acreditem, nem o macho mais orientado do
mundo seria capaz de encontrar a saída daquele labirinto nomeado cidade de
Roma! E aquela história toda de berço da civilização europeia? Já não bastassem
as ruas desconexas, o trânsito é algo desafiador: não se ousa atravessar uma
faixa de pedestre antes de vinte tentativas fracassadas, pouco amor à vida e a
colaboração de algum motorista romano que se lembre da existência de um freio.
Foi nesse cenário que fizemos nosso primeiro passeio. A pouca luz do fim de
tarde nublado não levou a cidade aos bastidores; antes, a minha sensação era de
que o espetáculo estava apenas começando.
“Não era tudo o que
eu imaginava”, é o que digo ao chegar a qualquer lugar do mundo. Foram raras as
ocasiões nas quais fiquei realmente encantada à primeira vista, talvez quando
pisei em London. Mas
a questão é que vou acostumando-me aos pouquinhos, a cada hora, cada passo,
cada esquina. E, quando percebo, já me considero parte daquele lugar, como se
estivesse ali há muito, sabendo os caminhos até o supermercado, o café e as
lojas das roupas mais bonitas da cidade, as linhas de metrô e a maneira como os
nativos se comportam. Minha paixão tende a aumentar a ponto de eu prometer
voltar àquele lugar quando as condições permitirem, e, quando ocorre a grande
despedida, crio ilusões concretíssimas de como seria a minha vida naquele
pedacinho de céu. Foi exatamente o que aconteceu com Roma.
Passamos por uma
área aberta que abrigava sarcófagos, colunas, esculturas e túmulos funerários,
pela Piazza della Repubblica e pela Basilica Santa Maria degli Angeli e dei
Martini, onde eu fui apresentada àquele que seria minha maior admiração da arquitetura
romana: o mármore! As gigantes colunas que sustentam as igrejas, o piso, o
revestimento das paredes, tudo é composto pelo mármore de todos os tipos
existentes, os mais caros e raros da época, formando um ambiente colorido e
requintado.
*Interior da Basilica Santa Maria degli
Angeli e dei Martini.
*Área
contendo ruínas romanas.
*Piazza della Repubblica.
Da Piazza della
Repubblica, seguimos pela Via Nazionale, uma grande avenida de lojas de grife,
ainda visitamos duas igrejas já à noitinha e terminamos nossa jornada tomando o
metrô de volta ao hostel. Roma tem um transporte de metrô péssimo, pois oferece
apenas duas linhas, a azul e a vermelha, que se cruzam na estação central. Em
horários de pico, elas ficam congestionadas e, nesses momentos, respirar se
torna uma tarefa demasiadamente complicada. Em compensação, dizem que os ônibus
funcionam bem, mas turistas geralmente não têm fácil acesso ao trajeto
percorrido, portanto caminhar é a melhor opção mesmo.
(Continua na próxima terça)
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Depressão Ceboliana
Por Gustavo Gonçalves
Filmes românticos ou dramáticos, o óbito alheio, a pobreza alheia ou até mesmo a fome alheia podem lhe proporcionar profunda tristeza e algumas lágrimas. Entretanto, nada se compara ao imbatível poder da cebola. É uma pseudo-tristeza, não se sente nenhum mal emocional, e ainda assim se chora. Quer melhor artifício que este? Não precisa ter sofrido uma decepção amorosa, a perda de um ente querido ou qualquer tipo de tragédia para se sofrer de depressão ceboliana. É simples, corte cebolas e então sofre. Apenas seus globos oculares sofrem, e o emocional permanece intacto.
Não inveje mais as carpideiras, você tem cebolas! Corte-as e pronto, tem um novo ofício. Forma barata e sem técnicas martirizantes. É deveras um produto natural fascinante. Freud se esqueceu de incluir em suas teses o potencial desse bulbo. Contudo, nosso querido ogro Shrek se pôs a refletir um pouco: As cebolas tem camadas. Profunda reflexão esta, que descreve a variabilidade interpretativa desse vegetal. O mundo ainda venderá esta propaganda quando nos saturarmos de felicidade "Pique essa cebola você também, chega de sorrisos, chegou a sua hora de sofrer!". Afinal, o que queremos? Seja o que for, só não se esqueça da depressão ceboliana.
Por Gustavo Gonçalves
Filmes românticos ou dramáticos, o óbito alheio, a pobreza alheia ou até mesmo a fome alheia podem lhe proporcionar profunda tristeza e algumas lágrimas. Entretanto, nada se compara ao imbatível poder da cebola. É uma pseudo-tristeza, não se sente nenhum mal emocional, e ainda assim se chora. Quer melhor artifício que este? Não precisa ter sofrido uma decepção amorosa, a perda de um ente querido ou qualquer tipo de tragédia para se sofrer de depressão ceboliana. É simples, corte cebolas e então sofre. Apenas seus globos oculares sofrem, e o emocional permanece intacto.
Não inveje mais as carpideiras, você tem cebolas! Corte-as e pronto, tem um novo ofício. Forma barata e sem técnicas martirizantes. É deveras um produto natural fascinante. Freud se esqueceu de incluir em suas teses o potencial desse bulbo. Contudo, nosso querido ogro Shrek se pôs a refletir um pouco: As cebolas tem camadas. Profunda reflexão esta, que descreve a variabilidade interpretativa desse vegetal. O mundo ainda venderá esta propaganda quando nos saturarmos de felicidade "Pique essa cebola você também, chega de sorrisos, chegou a sua hora de sofrer!". Afinal, o que queremos? Seja o que for, só não se esqueça da depressão ceboliana.
sábado, 5 de maio de 2012
Você é um Peixe Gay!
Por Gustavo Gonçalves
As pessoas só gostam de rir de coisas que as convêm. Não
acha isso arrogante? Ninguém é ditador do humor. Tudo na vida é relativo (exceto
a relação espaço-tempo, um salve ao Einstein), não cabe a um grupo de pessoas
que não compreendem o humor ditarem o que é certo ou errado, o que é isso ou aquilo,
se estiver funcionando é o que importa. Maquiavélico? Pode até ser, mas
discorda que os fins justificam os meios? Bem, se a resposta é positiva, vá até
a fábrica da Coca-Cola e os obrigue a colocar somente ingredientes saudáveis em
suas bebidas gaseificadas, pois ainda que seja um produto fantástico nada
justifica colocar “porcarias” em sua composição, não é?
As pessoas e a própria vida riem-se de nós a todo instante,
vai ficar aí bravinho fervendo os miolos? Pare! Arranje um motivo para rir da
cara deles também, saiba rir de si próprio que o resto será resto. Admita que
você é um peixe gay e tire uma boa gargalhada disso. A vida possui prazo de
validade, ficar se martirizando por uma falta de bom senso da sua parte de não enxergar outra
perspectiva para as coisas é desperdício de tempo. O humor é a melhor arma
contra as nossas fraquezas. Se um dia um amigo seu falar que você está gordo
demais ou magro demais, cabe a você optar em classificar isso como bullying,
sofrer e pagar consultas a psicólogos. Ou simplesmente rir e assumir. O mundo é
perfeitamente um reflexo daquilo que alimentamos em nossas crenças.
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