sexta-feira, 4 de maio de 2012



May the fourth be with you and with your idiota favorito! 
Por Jaqueline Masotti


   Ler esse texto você deve. Sim, essa foi uma tentativa (falida) de imitação do mestre Yoda. Mas nada disso importa. O que importa é que hoje é o dia de uma das séries cinematográficas mais fantásticas de todos os tempos (a data é fruto de um trocadilho fonético com a palavra FOURTH e FORCE, além de um trocadilho semântico com a palavra MAY - se você não sabe a frase original seria: May the force be with you. 4/05). Lembro-me de quando vi a saga pela primeira vez. Eu devia ter entre uns seis a oito anos. É, eu acho que era isso. Eu me lembro de ter visto os filmes no canal SBT (má oe! Em ritmo de festa) e isso criou uma marca em mim que me tornaria uma geek para todo o sempre. É, ter visto aqueles filmes nas tardes de domingo, antes de ir para a piscina do clube (Nós costumávamos ir bem no fim da tarde, por causa do sol forte), junto de meu pai que era fã da série desde a adolescência, é uma das memórias mais adoráveis (não estou sendo irônica) da minha vida. Todas as aventuras vividas pelos personagens eram algo que, diante dos meus olhos infantis, me fazia querer estar presente naquela galáxia. E, claro, conforme fui crescendo, minha paixão por coisas de outro mundo foram crescendo junto. Depois de Star Wars veio Harry Potter, Lord of the Rings, O Guia do Mochileiro das Galáxias (há, esse é muito bom, não deixem de ler) entre tantas outras obsessões geeks. E claro, todas elas transformando um pedaço da minha alma. Mas o que quero dizer aqui é: todas as histórias e fantasias da minha infância fazem parte de quem eu sou hoje. Ou seja, se meu pai nunca houvesse sentado no sofá comigo naquelas tardes ensolaradas de domingo e visto Star Wars comigo, eu não sei quem eu seria hoje! Talvez eu fosse alguém mais normal, mas minha mente seria muito sem graça. E se eu nunca houvesse lido Harry Potter (não brinque com isso!!!) eu talvez nunca fosse capaz de compreender o verdadeiro e lindo valor da amizade. Ah, se você não tem um amigo, corra que ainda dá tempo de arrumar um… Sim, mas melhor que um amigo de infância, só um dinossauro que não queira te comer. Assim como todas essas histórias foram meus grandes amigos, não pense que nunca tive amigos de carne e osso. Pois os tenho e são tão especiais para mim, quanto são Rony, Hermione, Neville e Luna para Harry. Sim, são pessoas fantásticas que desejo que a força sempre esteja com eles. É claro, são uns idiotas, mas são meus idiotas favoritos. E você deve pensar "como essa menina é estúpida em chamar os próprios amigos de idiota” e blá blá blá.



   É, eu os chamo assim porque, como diria Forrest, "idiota é quem faz idiotice" e meus amigos são os que fazem as maiores idiotices do mundo. É claro, eu invento a maior parte delas, o que me faz a maior de todas as idiotas. Mas sabe de uma coisa, ser idiota é ser feliz. É ser forte. É ter como inspiração um personagem favorito. É ter como amigo alguém que seria capaz de ser expulso de Hogwarts por você. Sim, essa punição seria REALMENTE pior que a morte. A não ser que o Paraíso fosse Hogwarts. Daí eu morreria feliz (se eu fosse para o Paraíso…). E ainda voltava para pegar os meus amigos. E digo, amigos verdadeiros, não pessoas peçonhentas (se liga na aliteração da sibilante - ui). A verdade é que você vai saber quando encontrar seu amigo verdadeiro. Porque vocês vão brigar o tempo todo e querer quebrar uma cadeira na cabeça dele. Mas ainda assim vão estar um do lado do outro. Nem que para isso precisem destruir tudo e todos. É, quando estou ao lado da minha melhor amiga, nada é páreo para nós duas (dig din). Mas, depois desse devaneio, digo-lhes senhores leitores desse blog: quando tiverem seus filhos, não os criem lendo Dostoiévski ou Tolstoy, não queira os ver filosóficos ou depressivos sobre a vida, mas mostrem a eles heróis que lutam por valores mais importantes do que dinheiro. Mostrem a eles que uma toalha pode ser sua arma mais importante em uma viagem pelo universo (se você leu as obras do mestre Douglas Adams, você sabe do que estou falando). Entreguem a eles a possibilidade de serem verdadeiros sem-noção. Sim, quer algo mais alegre do que ser um sem-noção? NÃO!!! E, depois que eles tiverem lido todas as obras de fantasia possíveis, daí vocês podem dar a eles um pouco de realidade com o Tio Dostô (essa foi um amigo que inventou). Mas, acima de tudo, sentem-se com eles em uma tarde de domingo e apresente a eles sua infância. Expliquem a eles o significado de cada parte de seu filme favorito. E enquanto não tiverem sua prole, chame seus amigos de verdade e sentem-se para ver uma maratona de algum filme que marcou quem você é! E agora termino esse texto meio sem-noção dedicando-o a meus idiotas favoritos que são capazes de aturar todas as minhas insanidades e crises. Que a força esteja com vocês, seus idiotas.

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